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Capa de novo álbum da Sabrina Carpenter gera debate sobre feminismo, sátira e fetiche

A capa do álbum “Man’s Best Friend” dividiu a internet — e a gente tem muito o que dizer sobre isso.

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Sabrina Carpenter está mesmo vivendo a sua melhor era. A diva vem emplacando hits, dominando capas de revista, virando meme e ainda encontrou tempo pra servir polêmica com a capa do seu novo álbum, Man’s Best Friend. O detalhe? Ela tá literalmente de quatro, com o cabelo puxado como coleira por um cara fora de quadro (que a internet já batizou de Barry Keoghan, porque né, coincidências não existem em eras pop).

A internet, como sempre, reagiu com tudo: teve quem chamou de “empoderamento estético”, teve quem surtou e gritou “isso é objetificação!”. Enquanto uns acharam que a gata tá rindo do machismo, outros acharam que ela tá só reforçando ele. No fim das contas, Sabrina tá no centro de uma discussão que mistura feminismo, sátira, estética retrô e fetiche com uma pitada de confusão.

O que essa capa quer dizer, afinal?

Na arte, Sabrina aparece como se fosse o próprio “cachorrinho” da metáfora do título. Com direito a vestido vintage, carpete dos anos 70 e olhar vazio que pode ser lido como crítica social ou só como mais uma terça-feira glamourosa em L.A. Pra ajudar na metáfora, o verso da capa traz um cachorro (literal mesmo), usando uma coleira com o nome do álbum.

E aí vem o debate: isso é uma crítica inteligente sobre como as mulheres são tratadas como bichinhos de estimação por homens poderosos? Ou é só mais um ensaio que parece ousado, mas não entrega nada além de uma estética Pinterest com pegada petplay leve? Tipo um fetiche domado?

O problema não é o sexo — é o softcore com medo de parecer o que é

A verdade é que, se Sabrina queria chocar ou brincar com o conceito de submissão feminina, talvez tivesse que ter ido ainda mais longe. Algo como a Britney rasgando tudo em “My Prerogative” ou a Rihanna na era “Loud”, sabe? Se for pra ser provocativa, que seja com força. O que ficou foi meio termo: não é fofo, mas também não é feroz. Fica naquele lugar entre o bimbo chic e o cosplay de sátira, só que com receio de assumir qualquer um dos dois por completo.

Mas talvez seja esse o charme: Sabrina tá construindo uma persona que brinca com os estereótipos — a loirinha, a mimada, a gostosa consciente — e se diverte com a confusão que isso causa. Pode não ser a crítica mais afiada do ano, mas é definitivamente um jeito interessante de provocar conversa.

No fim, Man’s Best Friend pode ser o ato mais fashion da música pop desde que a Lady Gaga latia por aí com Alexander McQueen. E se tem uma coisa que Sabrina Carpenter sabe fazer é transformar até polêmica em buzz — e a gente vai continuar latindo por atenção junto com ela.

Foto: Shutterstock

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