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Os vilões mais amados das novelas brasileiras

De Carminha a Odete Roitman, relembramos as figuras mais icônicas do caos dramático nacional

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Não tem novela boa sem um vilão que faça o público passar raiva e continuar assistindo. E, convenhamos: algumas dessas figuras foram tão bem construídas, tão teatrais, tão exageradamente odiosas, que viraram ícones da cultura pop brasileira – e a gente amou odiá-las. Aqui vai uma lista que vai mexer com a sua memória afetiva — e te dar vontade de maratonar tudo de novo.

Odete Roitman (Vale Tudo)
A rainha das vilãs, Odete foi o terror da alta sociedade em Vale Tudo (1988). Ela não gritava, ela sussurrava veneno. Manipulava a filha, tramava pelas costas e humilhava quem cruzasse o caminho dela — tudo isso vestida impecavelmente e com uma taça de uísque na mão. O assassinato da personagem virou um fenômeno cultural: quem matou Odete Roitman? ecoava no país inteiro — até em telejornais. Aliás, se você viveu essa época, sabe que essa morte foi mais aguardada que final de Copa do Mundo.

Carminha (Avenida Brasil)
Quando a Carminha apareceu berrando com a Nina na cozinha, a gente sabia que o caos estava garantido. A vilã de Avenida Brasil (2012) comandava o lixão, armava cilada atrás de cilada com o amante Max, e fazia o Tufão (Murilo Benício) de gato e sapato. Adriana Esteves entregou tanto nessa novela que transcendeu a dramaturgia: Carminha virou figurinha de WhatsApp, meme eterno e até estudo de personagem em faculdade de teatro. Teve gente que torceu por ela até o fim — só pra ver o circo pegar fogo mesmo.

Nazaré Tedesco (Senhora do Destino)
Interpretada por Renata Sorrah em Senhora do Destino (2004), Nazaré sequestrou a bebê da protagonista, empurrou gente da escada, fingiu que era mãe de uma criança roubada e ainda teve tempo de fazer matemática confusa. O meme com o rosto pensativo dela viralizou no mundo todo, mas o Brasil sabe: por trás da piada, tinha uma das vilãs mais frias, calculistas e perigosas que já passaram pela TV. E sim, ela era maravilhosa de assistir.

Raquel (Mulheres de Areia)
Interpretada pela lendária Glória Pires, Raquel era o oposto da irmã gêmea Ruth — e o Brasil inteiro ficou obcecado com essa dicotomia. Mulheres de Areia (1993) mostrou o que acontecia quando o mesmo rosto abrigava duas almas: uma angelical e a outra pura maldade. Raquel era manipuladora, mentirosa, sedutora e capaz de qualquer coisa pra conseguir o que queria. E o talento de Glória Pires era tanto que a gente acreditava que eram duas pessoas diferentes. É sobre isso.

Branca Letícia (Por Amor)
Se você acha que vilão tem que ser barraqueiro, é porque nunca viu Branca Letícia em ação. A personagem de Susana Vieira em Por Amor (1997) era fina, fria e venenosa como um dry martini. Ela tinha uma frase ácida pra cada momento e odiava o próprio filho por ele “não ser perfeito o suficiente”. Ao mesmo tempo, fazia tudo com uma postura de dama da elite — o que só deixava tudo mais cruel. O tipo de vilã que não precisa levantar a voz pra acabar com a autoestima de todo mundo ao redor.

Bia Falcão (Belíssima)
Bia Falcão fugiu de helicóptero pra Paris no final da novela e nunca pagou pelos crimes — e a gente aplaudiu! Em Belíssima (2005), ela fazia o tipo ricaça maquiavélica: elegante, culta, e cheia de planos obscuros. Fernanda Montenegro entregou uma atuação tão deliciosa que mesmo odiando a personagem, o público amava vê-la em cena. O final virou meme até hoje: ela sumindo no céu, com um sorriso no rosto e um look milionário.

Félix (Amor à Vida)
No começo, ele parecia um vilão sem volta. Jogou a sobrinha recém-nascida na caçamba (!), manipulava meio hospital e fazia a vida da Paloma um inferno. Mas aos poucos, o público foi se apaixonando por ele. Em Amor à Vida (2013), Mateus Solano criou um Félix que era caricato, malvado, hilário e humano. No fim, ele se redimiu, virou queridinho e provou que até o vilão pode ganhar final feliz — e uma segunda chance no coração do público.

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