Pouco mais de dois anos depois da tentativa de que apagou o “HBO” da marca de streaming, o nome original está de volta. HBO Max retorna no verão do hemisfério norte, e sim, vamos todos fingir que esse tropeço coletivo chamado “Max” nunca aconteceu.
O anúncio veio direto de Casey Bloys, CEO da HBO e da Max, durante uma apresentação para a imprensa, confirmando que a marca HBO é, sim, o que atrai os assinantes.
A mudança de nome, feita em 2023, – mas chegou ao Brasil só em 2024 – tentou posicionar o serviço como algo maior que a HBO, incluindo realities, esportes e documentários — mas, na prática, apagou justamente o que tornava a plataforma desejada. Em vez de abraçar sua reputação como sinônimo de qualidade, a Warner tentou diluí-la no mar do “conteúdo geral”, e acabou colhendo confusão, piadas (justas) e perda de identidade.
Recentemente, a plataforma já havia dado pistas de que o “arrependimento” estava no ar: o design azul do Max foi substituído por um visual preto e branco mais sóbrio, que remetia diretamente à identidade visual clássica da HBO. Agora, o ciclo se fecha. O nome volta. E o branding genérico que ninguém pediu vai para o limbo do streaming, junto com os apps “HBO Go” e “HBO Now”.
Rebatizar HBO Max como “Max” foi como esconder o diamante da coroa. A Warner quis parecer “plural”, mas esqueceu que no mar de streamings, ninguém quer mais do mesmo — querem o melhor. E o melhor, neste caso, sempre foi HBO. O retorno ao nome original é mais do que uma decisão de marketing: é um pedido de desculpas (ainda que não declarado) por ter subestimado a inteligência do público. Que fique de lição: quando você tem algo icônico, não joga fora pra parecer “moderno”.