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Como Andrew Garfield inspirou atriz de “The Last of Us” a superar o luto na vida real

Kaitlyn Dever, intérprete de Abby, começou a gravar The Last of Us três dias após perder a mãe — e se apoiou em palavras de Andrew Garfield para atravessar o luto

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O impacto de The Last of Us vai além da tela — e para Kaitlyn Dever, isso começou antes mesmo da primeira cena. Escalada para interpretar Abby, uma das figuras centrais da segunda temporada, a atriz entrou no set da série da HBO três dias após o funeral da própria mãe, Kathy Dever, vítima de um câncer de mama.

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Se a trama da personagem já era sobre dor, perda e sede de justiça, a experiência pessoal de Kaitlyn acabou fundindo ficção e realidade. A primeira sequência da atriz envolvia justamente o momento em que Abby encontra o corpo do pai morto — um paralelo visceral com o que ela mesma tinha vivido dias antes.


Nada é tão ruim quanto isso”, disse Dever em entrevistas ao Daily Mail e The Independent, referindo-se à morte da mãe. “Ainda que a morte seja parte da experiência humana, não nos acostumamos com o luto e com a ideia de ver sua melhor amiga morrer”.

Mas foi nas palavras de outro ator que Dever encontrou força para continuar: Andrew Garfield, que também enfrentou a perda da mãe — Lynn Garfield morreu de câncer em 2019. Em entrevista marcante ao The Late Show, Garfield declarou: “Espero que o luto continue comigo, porque ele representa o amor não expresso”.

Dever diz que volta a esse vídeo constantemente. “Sempre achei que a pior coisa que poderia acontecer seria perder minha melhor amiga. Pensei que não conseguiria seguir em frente. Mas aí, olho para o Andrew e penso: ‘Bem, parece que a vida dele seguiu’.”

E é exatamente isso que a atuação de Dever entrega em cena: um peso que não precisa de explicação. Não é à toa que Abby é uma das personagens mais complexas e controversas do universo de The Last of Us — e a atriz consegue, com uma entrega crua e vulnerável, fazer a gente sentir cada decisão dela como se fosse nossa.

Os bastidores também acompanharam esse cuidado. Segundo a Entertainment Weekly, a produção flexibilizou o cronograma de filmagens para respeitar o tempo de luto da atriz. As cenas mais pesadas foram feitas com o set reduzido, criando um ambiente mais seguro emocionalmente.

The Last of Us sempre foi uma história sobre sobrevivência. Mas, agora, ela também se tornou um testemunho do que significa continuar, mesmo quando o coração está em pedaços. E graças a Kaitlyn Dever — e à força silenciosa de Andrew Garfield — a segunda temporada ganhou camadas ainda mais humanas, potentes e, sim, devastadoras.

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