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“Olympo”, nova série da Netflix, é a sucessora de “Elite”?

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Sim, a Netflix lançou mais uma série espanhola com gente bonita, uniformes justos, tretas mil e segredos sombrios. Mas se você achou que era só mais um clone de Elite, errou por pouco — Olympo até tenta ser a nova queridinha do público teen, mas troca o colégio de luxo por um centro de treinamento esportivo cheio de doping, paranoia e gente surtando com rotina de atleta.

A trama acompanha a obsessiva Maia, capitã do time de nado artístico, que basicamente topa qualquer coisa pra ganhar uma vaga nas Olimpíadas (inclusive quase afogar coleguinhas). O elenco tem várias figurinhas carimbadas de Elite, incluindo Nuno Gallego e outros rostinhos conhecidos de séries espanholas.


Só que aqui o mistério não gira em torno de assassinato (por enquanto), mas sim de uma droga secreta que transforma atletas em super-humanos — com um leve detalhe: ela pode destruir suas vidas no processo. A série flerta com Black Mirror do esporte, mas entrega mais gritaria de vestiário e tensão hormonal do que sci-fi de verdade.

E esse roteiro perdido?

Apesar do drama interessante com doping, pressão familiar e até discussões sobre homofobia no esporte, Olympo ainda escorrega feio em alguns pontos. O roteiro patina no começo tentando decidir quem é o verdadeiro protagonista (spoiler: até a Netflix pareceu confusa) e a tal instituição “Olympo” surge sem nenhuma construção sólida.


A rivalidade entre Maia e Zoe (a novata traumatizada e um pouco perdida na trama) rende bons momentos, mas a conexão entre os personagens demora pra acontecer. Quando eles finalmente se juntam pra tentar derrubar o Olimpo por dentro, até dá pra sentir aquela vibe de “família que a vida juntou” – se isso tivesse rolado uns quatro episódios antes, né?

Ainda assim, a reta final entrega. A apresentação de nado sincronizado é linda (arrepios reais), a trama do Rock como estrela do rugby e símbolo LGBTQIA+ tem força, e o gancho pro próximo ano é digno de maratona. Olympo não revoluciona, mas tem potencial. Se a Netflix quiser continuar jogando, é bom arrumar o campo e dar mais episódios — porque com oito, a sensação é que a série aqueceu, correu, caiu na piscina e ficou boiando.

Assista ao trailer:

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