“Vingadores: Ultimato” quase ganhou outro nome completamente diferente

Hoje, é fácil ver Vingadores: Ultimato como o clímax absoluto do Universo Cinematográfico da Marvel. Foi o fim da Saga do Infinito, um dos maiores eventos da história do cinema blockbuster, e o momento em que a Marvel cravou seu nome como líder incontestável do gênero. Mas nem sempre foi assim. Em 2014, quando o projeto foi anunciado, o nome original era Vingadores: Guerra Infinita – Parte 2. Fraco, genérico e incapaz de traduzir o peso emocional do filme. Felizmente, os irmãos Russo — e a própria Marvel — perceberam a tempo que o final merecia um nome à altura.

Ultimato foi mais do que um título: foi um marco. Em vez de parecer apenas uma segunda parte colada ao filme anterior (Guerra Infinita), ele ganhou identidade própria. O nome carrega a ideia de fim, de ponto de virada, de uma batalha que realmente fecha um ciclo. E melhor ainda: é uma referência direta à própria narrativa do MCU, com citações anteriores em Era de Ultron e Guerra Infinita, onde Tony Stark e Doutor Estranho já falam sobre “estar no ultimato”. É o tipo de escolha que conecta, recompensa e emociona o fã.

Aliás, o processo para escolher esse nome foi tudo menos simples. Antes de Ultimato, o filme chegou a ser chamado de Infinity Gauntlet, ou Manopla do Infinito, outro nome que teria reduzido o peso da história a um artefato, em vez de destacar o encerramento emocional de mais de 20 filmes. E aí vem a lição importante: bons filmes precisam de espaço para evoluir. Mudar o título não foi sinal de insegurança — foi sinal de maturidade criativa.


Esse detalhe, aparentemente pequeno, é um lembrete que a Marvel talvez precise agora. Com o MCU passando por turbulências, críticas e incertezas sobre o futuro, especialmente com a chegada de Vingadores: Doomsday e o retorno inesperado de Robert Downey Jr., o exemplo de Ultimato serve como alerta e consolo. Não há problema em mudar de rumo — desde que isso sirva à história e respeite o público.

Se a Marvel tivesse seguido com Guerra Infinita – Parte 2, talvez Ultimato não tivesse sido o fenômeno que foi. Às vezes, a diferença entre um blockbuster e um evento cultural está em detalhes — como um nome. Ultimato foi mais do que um título: foi uma promessa cumprida. E enquanto o futuro do MCU tenta se reorganizar, a lição fica clara: o segredo não está em seguir o plano à risca, mas em saber quando ele precisa mudar.