Na era dos influenciadores, onde um story tem mais impacto que um comercial em horário nobre, a responsabilidade sobre o que se promove nunca foi tão discutida. E nesta terça-feira (13), Virginia Fonseca foi chamada a se posicionar exatamente sobre isso durante seu depoimento à CPI das Bets, no Senado.
Convidada como testemunha, não investigada, a apresentadora do SBT e influenciadora foi questionada diretamente pelo senador Carlos Portinho sobre o papel dos criadores de conteúdo na promoção de apostas — e, principalmente, se há alguma preocupação com a educação financeira do público que consome esse tipo de conteúdo.
“Você, como influenciadora, além da publicidade de apostas, tem algum trabalho de educação financeira para esse público? […] A frase ‘jogo responsável’ não diz nada. Estou falando de educação financeira sobre apostas”, provocou o senador.
Virginia foi direta: “Nunca falei nada sobre”, admitiu. Mas, ao ser instigada sobre a ideia, declarou que considera importante criar um sistema que oriente os jovens sobre os riscos envolvidos. “Acho uma boa ideia”, respondeu, demonstrando abertura para o debate — ainda que, como o próprio Portinho reconheceu, a responsabilidade maior seja dos legisladores, não dos influenciadores.
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Num momento em que campanhas de apostas invadem as redes com promessas de dinheiro fácil, qualquer reconhecimento da necessidade de educação e responsabilidade já é um passo na direção certa. O que fica no ar é: será que os influenciadores estão preparados para bancar o impacto que têm? E mais — será que o público está pronto para cobrar isso deles?