LGBTQIA+
Tom Felton ignora polêmicas de J.K. Rowling ao retornar para Harry Potter
Ator volta a viver Draco Malfoy em Harry Potter e a Criança Amaldiçoada, mas comentário sobre J.K. Rowling reacende debate sobre a responsabilidade dos astros da saga.

O universo de Harry Potter está ressurgindo com força. Além do reboot da HBO que começa a ser filmado em breve, a peça Harry Potter e a Criança Amaldiçoada acaba de escalar ninguém menos que Tom Felton de volta ao papel de Draco Malfoy. A estreia marca o retorno do ator ao personagem icônico 14 anos depois do último filme da saga. Só que, no meio da empolgação, um comentário feito por Felton reacendeu uma discussão que a internet conhece bem.
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Durante o tapete vermelho do Tony Awards, o ator foi questionado pela Variety se as posições transfóbicas de J.K. Rowling afetavam de alguma forma sua relação com o projeto. A resposta? “Não estou muito por dentro disso.” E completou: “Nunca vi nada unir tanto o mundo quanto Potter, e ela é responsável por isso. Sou extremamente grato.”
A fala caiu como uma bomba nas redes sociais. Para muitos fãs, principalmente pessoas trans e aliadas, a postura do ator foi vista como apática — ainda mais quando comparada à de colegas como Daniel Radcliffe, Emma Watson e Rupert Grint, que já se posicionaram publicamente contra as falas de Rowling desde 2020.

Rowling, aliás, não parou. Recentemente, comemorou uma decisão da Suprema Corte do Reino Unido que afirma que mulheres trans não são mulheres. Além disso, lançou o J.K. Rowling Women’s Fund, fundo que banca ações legais em prol do que chama de “direitos baseados no sexo de nascimento”.
Enquanto isso, outros nomes ligados ao universo mágico têm se posicionado. Paapa Essiedu, que será Snape no reboot da HBO, assinou uma carta aberta condenando a decisão da Suprema Corte britânica. E lá em 2020, quando Rowling publicou um ensaio considerado transfóbico, grande parte do elenco original se manifestou a favor da comunidade trans.
Felton, por outro lado, parece querer distância do assunto. Mas com uma fanbase global e um lugar garantido na cultura pop, o ator tem nas mãos a chance de usar sua influência para o bem — ou seguir fingindo que magia apaga a realidade.
LGBTQIA+
Pedro Pascal, Ariana Grande e outros famosos assinam carta em defesa de jovens LGBTQ+
Celebridades se unem contra corte de US$ 50 milhões destinados à prevenção do suicídio entre jovens LGBTQ+ nos EUA

Mais de 100 celebridades de peso, incluindo Pedro Pascal, Ariana Grande, Dua Lipa e Sabrina Carpenter, assinaram uma carta aberta pedindo a proteção de US$ 50 milhões em fundos federais destinados à prevenção do suicídio entre jovens LGBTQ+ nos Estados Unidos.
A iniciativa surge após o vazamento de um rascunho do orçamento do Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos EUA, que sugere a eliminação completa do financiamento ao atendimento especializado para jovens LGBTQ+ por meio do canal de emergência 988, lançado em 2022.
“Não vamos ficar em silêncio”
“Como artistas, criadores e figuras públicas, nossos canais de comunicação vêm com responsabilidade. E hoje, essa responsabilidade é clara: precisamos falar para proteger a saúde mental e a vida dos jovens LGBTQ+”, diz um trecho da carta. “Não vamos ficar em silêncio.”
Desde sua criação, o canal 988 conectou quase 1,3 milhão de jovens em crise com apoio psicológico e acolhimento especializado. A carta destaca que o suicídio entre LGBTQ+ é uma crise de saúde pública que precisa ser tratada com seriedade — e não com cortes.
Mais vozes de apoio
Outros nomes de destaque que assinaram o documento incluem Jamie Lee Curtis, Sarah Paulson, Daniel Radcliffe, Troye Sivan, Alan Cumming, Nathan Lane, Dylan Mulvaney, Bob the Drag Queen, Orville Peck, Kelsea Ballerini e o diretor Paul Feig.
“O que está em jogo aqui são vidas humanas, não política partidária”, reforça o texto. “Nenhum jovem deve ficar sem ajuda no seu momento mais sombrio. Retirar essa linha de apoio é enviar uma mensagem clara de que a vida de jovens LGBTQ+ não vale a pena ser salva. Nós nos recusamos a aceitar essa mensagem.”
Jaymes Black, CEO do Trevor Project, uma das maiores organizações de apoio a jovens LGBTQ+, agradeceu os apoiadores. “Essas vozes influentes lembram ao público que prevenção do suicídio é uma questão de pessoas, não de política. Jovens LGBTQ+ enfrentam rejeição, estigma e discriminação todos os dias, e precisam saber que pertencem a este mundo.”
Destaque
t.A.T.u. está de volta: dupla dos anos 2000 anuncia retorno aos palcos após anos de polêmicas

Quem viveu os anos 2000 sabe: bastavam os primeiros segundos de “All the Things She Said” para a provocação começar. Uniforme escolar, beijo na chuva, e uma narrativa de rebeldia homoafetiva que explodiu globalmente. Agora, t.A.T.u. está de volta. Yulia Volkova e Lena Katina anunciaram que vão se reunir para um novo show, marcado para 16 de julho em Yalta, na Crimeia.
Mas o revival não vem sem uma longa bagagem — e muitas camadas a serem revisitadas.
Uma jogada de marketing disfarçada de revolução queer
A explosão de t.A.T.u. não foi só musical. Foi midiática, ousada e, como se descobriria mais tarde, construída sobre uma grande mentira. O projeto de duas adolescentes russas apaixonadas uma pela outra foi arquitetado por produtores com o objetivo claro: causar, chocar, vender.
E funcionou. Elas viraram ícones da comunidade LGBTQIA+ ao redor do mundo — mas sem nunca terem sido um casal de verdade. Anos depois, foi a própria Lena quem abriu o jogo e revelou que tudo fazia parte de um plano comercial.

Depois do fim, polêmicas e contradições
A dupla se separou oficialmente em 2009, após seis álbuns e três turnês internacionais. Lena e Yulia seguiram caminhos diferentes — e nem sempre pacíficos.
Yulia, que enfrentou um câncer na tireoide e quase perdeu a voz, acabou se envolvendo em uma polêmica pesada ao declarar, em uma entrevista na TV russa, que não aceitaria ter um filho gay. Suas falas geraram indignação especialmente por partirem de alguém que lucrou em cima da imagem de um “romance lésbico”.
“Sim, eu o condenaria, porque um homem de verdade deve ser um homem de verdade”, disse na época.
Lena rebateu publicamente: “Todo mundo é livre para amar quem quiser”.
Desde então, as duas só se reuniram brevemente em 2022 para um festival na Rússia, selando uma trégua profissional.

O que esperar do comeback?
Com o retorno aos palcos, a pergunta que paira no ar é: t.A.T.u. vai abraçar o legado polêmico que construiu — ou tentar reescrevê-lo?
O revival não é só nostálgico. Ele vem num momento em que discursos performáticos em cima da pauta LGBTQIA+ são observados com lupa. Não basta mais parecer inclusivo: é preciso ser inclusivo. A dupla vai conseguir navegar nesse novo cenário?
t.A.T.u. ajudou a abrir espaço para conversas que não estavam acontecendo nos anos 2000 — mas fez isso com uma narrativa montada para vender choque e sexualidade, não para representar. O comeback pode ser um momento de redenção — ou só mais uma turnê caça-níquel disfarçada de nostalgia.
A gente vai assistir? Provavelmente. Mas também vamos cobrar coerência.
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